quinta-feira, 23 de maio de 2013

Capitulo 9 - Eu te amo


Demi

Já era uma da manha e eu estava parada do lado de fora do quarto de hotel em que eu estava dormindo, olhando para o nada, pensando naquela carta.
O que meu pai quis dizer com aquela história de que se não tivessem encontrado o corpo dele tinha grande chances de nos vermos novamente?
E quem era minha irmã?
Se ela ainda estava viva, eu faria questão de conhecê-la.
Será que meu pai chegou a descobrir onde e como ela esta? E mesmo que não tenha descoberto, será que o tio Jonny sabia?
- Você ta legal? – a voz do Joe me fez pular de susto e voltar à realidade. – Desculpa. Não queria ter te assustado.
- Tudo bem. Só estava pensando.
- Posso perguntar no que?
- Meu pai. E alguns problemas.
- Se você precisar conversar Demi, saiba que eu vou estar sempre pronto pra te ouvir.
- Obrigada Joe.
- É para isso que servem os amigos. – eu o encarei por um segundo – O que foi?
- Nada.
- Demi, você pode confiar em mim.
- Mas, infelizmente, não sei se posso confiar em mim.
- O que você quer dizer?
- Esquece.
Eu não era boa nessa história de paquera. Então, era melhor nem tentar. Tudo bem, eu confesso que estava apaixonada. Mas, mesmo assim...
Ele me encarou por alguns segundos. Olhou diretamente dentro dos meus olhos.
- Demi, ontem, quando eu te beijei...
- Eu sei. Não significou nada pra você.
- Você realmente acha isso?
- O que mais eu poderia achar? Não é sempre assim Jonas? Não é essa a solução para que nenhum dos dois saia chateado? Sempre foi...
Eu não consegui terminar de falar. Ele me calou com um beijo.
- Joseph, para com isso. – eu disse me afastando dele – Eu to começando a achar que você realmente gosta de mim.
- E quantos vezes eu vou ter que te beijar para você ter certeza? – eu fiquei encarando ele por um minuto interminável, ate que ele respirou fundo – Acho que vou ter que pagar para ver.
Ele me beijou mais uma vez e eu fiquei sem reação.
Se controla Demi. Se controla.
Quando ele se afastou eu o olhei nos olhos.
- Caso você ainda não tenha entendido – ele disse com um sorriso malicioso – eu te amo.
Eu simplesmente o beijei.
- Eu vou considerar isso um “eu também te amo.” – ele disse rindo.
- Considere isso como um “se você me decepcionar a coisa vai ficar feia.” – afinal, eu tenho uma arma. Pensei.
Ele riu e me beijou novamente, dessa vez, de um jeito diferente. Com mais desejo.
Ele desceu a mão da minha cintura ate a minha coxa, e eu prendi as minhas pernas em volta da cintura dele.
- Joe, – eu disse meio sem fôlego – acho melhor a gente parar com isso.
Caramba! Eu não convenci nem a mim mesma falando desse jeito.
- E por quê? – ele perguntou rindo enquanto beijava meu pescoço.
- Quer saber? Esquece o que eu disse.
Eu não vi quanto tempo levou ou como aconteceu, mas quando eu me dei conta estava deitada na cama do quarto onde o Joe estava – bem ao lado do meu – observando enquanto ele encostava a camisa e tirava a porta. Ou ao contrario. Tanto faz. Era difícil raciocinar já que minha cabeça rodava só de pensar no que estávamos prestes a fazer.






Quando temos comentarios, temos capitulos ;)

sábado, 11 de maio de 2013

Capitulo 8 - Corrente


Demi

Demi

Se você esta lendo essa carta é porque eu morri antes de 2011. E isso significa que eu te deixei cedo demais. Só me desculpe por isso filha.
Espero que não fique com raiva por ter escondido a história da sua irmã.  Você ainda é muito pequena. Ou melhor, era. Agora você já tem vinte anos. Quando eu descobri a verdade, você só tinha três. Ainda não estava pronta para saber que sua irmã esta viva. Tomara que você entenda.
Eu não tenho muito o que te falar. Você só tinha cinco anos quando eu escrevi essa carta. Espero que eu tenha tempo de escrever uma nova.
Tomara que você goste da corrente. Considere como meu ultimo presente para você.
Desculpa se eu não pude estar por perto. Se não pude te ver crescer. Juro que era tudo o que eu mais queria. Mas se não acharem meu corpo quando eu morrer, ainda vai ter grande chance de nos vermos de novo.
Te amo minha pequena.
Papai

Eu me segurei para não chorar.
E daí se ele não tinha escrito quase nada? As duas ultimas linhas eram o suficiente.
Te amo minha pequena. Papai.
É. Ele tinha essa mania de me chamar de minha pequena.
Eu olhei para o meu tio sentado na minha frente.
- Porque você só me deu isso agora? – eu perguntei.
- Ele pediu que eu te entregasse só quando você fizesse vinte anos. Mas você não precisa esperar mais um ano Demi. Eu achei melhor te entregar logo.
- E que história é essa da minha irmã? Como assim ela esta viva?
- Ele falou sobre ela?
- Falou.
- Demi, isso é um assunto que devemos tratar somente depois que você concluir sua missão.
- Por quê?
- Você vai entender. Mas não agora.
- E porque eu tinha que ter vinte anos para ler essa carta? Eu não entendo.
- Eu também não entendi, mas se seu pai pediu devia ser importante.
- Eu vou voltar para o hotel. – eu estava na porta quando me virei para o tio Jonny. – Tio, quando meu pai morreu... Alguém encontrou o corpo dele?
- Não. – ele respondeu depois de um minuto – Por quê?
- Na carta esta escrito que se ninguém tiver achado o corpo dele depois que ele morresse tinha grande chances de nos vermos de novo. – eu respirei fundo antes de continuar – E eu posso jurar que vi ele ontem. No meio dos fãs da Selena.
- Com certeza foi só alguém parecido. – ele disse.
- É. Com certeza.
Eu sai e fui andando ate o hotel que ficava a apenas um quarteirão da minha casa.
Alguma coisa me dizia que não era só alguém parecido com o meu pai.
Tinha alguma coisa muito errada nessa história, eu só não sabia dizer o que era.
Eu peguei a corrente com um pingente de coração que meu pai deixou junto com a carta e o encarei por um segundo.
- Eu também te amo pai. – eu cochichei para mim mesma – Não importa onde você esteja