Demi
Já
era uma da manha e eu estava parada do lado de fora do quarto de hotel em que
eu estava dormindo, olhando para o nada, pensando naquela carta.
O
que meu pai quis dizer com aquela história de que se não tivessem encontrado o
corpo dele tinha grande chances de nos vermos novamente?
E
quem era minha irmã?
Se
ela ainda estava viva, eu faria questão de conhecê-la.
Será
que meu pai chegou a descobrir onde e como ela esta? E mesmo que não tenha
descoberto, será que o tio Jonny sabia?
-
Você ta legal? – a voz do Joe me fez pular de susto e voltar à realidade. –
Desculpa. Não queria ter te assustado.
-
Tudo bem. Só estava pensando.
-
Posso perguntar no que?
-
Meu pai. E alguns problemas.
-
Se você precisar conversar Demi, saiba que eu vou estar sempre pronto pra te
ouvir.
-
Obrigada Joe.
-
É para isso que servem os amigos. – eu o encarei por um segundo – O que foi?
-
Nada.
-
Demi, você pode confiar em mim.
-
Mas, infelizmente, não sei se posso confiar em mim.
-
O que você quer dizer?
-
Esquece.
Eu
não era boa nessa história de paquera. Então, era melhor nem tentar. Tudo bem,
eu confesso que estava apaixonada. Mas, mesmo assim...
Ele
me encarou por alguns segundos. Olhou diretamente dentro dos meus olhos.
-
Demi, ontem, quando eu te beijei...
-
Eu sei. Não significou nada pra você.
-
Você realmente acha isso?
-
O que mais eu poderia achar? Não é sempre assim Jonas? Não é essa a solução
para que nenhum dos dois saia chateado? Sempre foi...
Eu
não consegui terminar de falar. Ele me calou com um beijo.
-
Joseph, para com isso. – eu disse me afastando dele – Eu to começando a achar
que você realmente gosta de mim.
-
E quantos vezes eu vou ter que te beijar para você ter certeza? – eu fiquei
encarando ele por um minuto interminável, ate que ele respirou fundo – Acho que
vou ter que pagar para ver.
Ele
me beijou mais uma vez e eu fiquei sem reação.
Se
controla Demi. Se controla.
Quando
ele se afastou eu o olhei nos olhos.
-
Caso você ainda não tenha entendido – ele disse com um sorriso malicioso – eu
te amo.
Eu
simplesmente o beijei.
-
Eu vou considerar isso um “eu também te amo.” – ele disse rindo.
-
Considere isso como um “se você me decepcionar a coisa vai ficar feia.” – afinal, eu tenho uma arma. Pensei.
Ele
riu e me beijou novamente, dessa vez, de um jeito diferente. Com mais desejo.
Ele
desceu a mão da minha cintura ate a minha coxa, e eu prendi as minhas pernas em
volta da cintura dele.
-
Joe, – eu disse meio sem fôlego – acho melhor a gente parar com isso.
Caramba!
Eu não convenci nem a mim mesma falando desse jeito.
-
E por quê? – ele perguntou rindo enquanto beijava meu pescoço.
-
Quer saber? Esquece o que eu disse.
Eu
não vi quanto tempo levou ou como aconteceu, mas quando eu me dei conta estava
deitada na cama do quarto onde o Joe estava – bem ao lado do meu – observando
enquanto ele encostava a camisa e tirava a porta. Ou ao contrario. Tanto faz.
Era difícil raciocinar já que minha cabeça rodava só de pensar no que estávamos
prestes a fazer.
Quando temos comentarios, temos capitulos ;)
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